Mais do que uma review, uma coisa - Concerto dos Riverside no LAV (03/11/2018) e jantar no El Bulo

Era o tão esperado dia, o dia em que os Riverside vinham (acho) pela 3ª vez (pelo menos eu só os vi 3 vezes, a contar com esta) a Lisboa. Chegámos ao Lisboa Ao Vivo (LAV), cumprimentei dois amigos. Um deles disse-me que eu estava a cheirar a vinho (tinha bebido um copo de vinho branco ao jantar num restaurante ali perto, o El Bulo do Chakall). Trocámos os bilhetes digitais pelos físicos. Eram de um papel grosso, brilhante, com a fotografia dos 3 integrantes da banda impressa. Guardei-o na minha mala (pequena porque não vale a pena levar uma garrafa de água. Ela corre o risco de acabar num caixote do lixo). Tenho uma caixa em casa cheia de bilhetes de concertos. É o que eu mais coleciono. Isso e fitas porta-chave.

Entrámos no LAV, fui ao WC (tenho uma reclamação: os cubículos não têm um gancho cabide), lavei as mãos com um sabonete que sai do dispensador logo espuma e cheira a pastilha elástica. Passados uns 15 minutos a banda de suporte começou a tocar. Mechanism chamam-se eles. Nunca os tinha ouvido e, infelizmente, não me entrou. Talvez tenha de dar uma pesquisadela no Spotify. Durante a hora que lhes foi reservada, dei por mim a pensar na feijoada que a minha mãe ia fazer no dia seguinte. O molho um pouco espesso, mas nem tanto, que dá para molhar com o pão. O chouriço que se pensa ser pastilhoco até se trinca bem. Bom, onde é que eu ia? Ah, Mechanism… Também deitei o olho à mesa de luzes e som. Não percebo como é que os técnicos não se trocam todos com tantos botões. Quer dizer, até percebo… São profissionais. Falando das luzes, elas são sempre agradáveis de se ver, ajudam na grandiosidade do espetáculo, até uma te ir direta às trombas, deixando-te totalmente encadeado.

Depois dos Mechanism, demoraram cerca de 15-30 minutos para aparecerem os gajos que eu queria ouvir. Tocaram algumas músicas do CD novo, Wasteland, mais calmas comparando com os primórdios, mas não menos poderosas. No menu também estiveram músicas mais antigas como a Out of Myself, quase como um grito do Ipiranga, e a Panic Room. O vocalista Mariusz Duda estava um pouco fanhoso, no final já estava até a perder a voz, mas ainda cantou a River Down Below com a ternura que a música pedia. O que não foi ternurento foram os meus pensamentos homicidas sobre as torres que insistem em tapar-me o campo de visão em qualquer concerto. Devo atraí-los. É isso e mosquitos.

Pontos altos da noite:

1º - O jantar no El Bulo. Tudo o que comi estava do lóbulo da orelha. A empada com queijo e ratatouille fez com que as minhas papilas gustativas salivassem por mais. Tinha um azeite com bocados de cebola, tomate e mais não sei o quê, que combinava muito bem e deixou-me com as mãos gordurosas. Não faz mal. Como dizia o outro “No pain, no gain”. Só comi entradas porque os pratos principais faziam a carteira atirar-se do bolso numa tentativa suicida. Por fim, a sobremesa era do diabo de tão boa.

MASHALA DE CHOCOLATE - Bolo de chocolate negro (80%), servido com molho de frutos vermelhos… BALHA-ME DEUS E O CINTO QUE NÃO FECHA!

MASHALA DE CHOCOLATE - Bolo de chocolate negro (80%), servido com molho de frutos vermelhos… BALHA-ME DEUS E O CINTO QUE NÃO FECHA!

2º - Esbarrar com o vocalista e o teclista dos Riverside ao entrarmos no LAV.

3º - As luzes em algumas músicas da banda principal. Numa delas, parecia que estava num nível do Tomb Raider, com lasers vermelhos por todo o lado.

4º - O alívio de saber que não sou só eu que não sei a letra das músicas. Na Panic Room toda a gente cantava “Sweet shelter of mine”, mas depois “I’m rhierhgurwht without”. Não se notava até o Mariusz pedir para cantarmos sozinhos em coro. “Really guys?”.

5º - As palavras da banda para o guitarrista Piotr Grudziński que, mesmo não fisicamente, estava lá entre nós. A salva de palmas foi arrepiante. Ficámos todos de mãos a arder e olhos humedecidos.

6º - Apanhar uma das palhetas do Mariusz Duda.

P.S.: O vocalista dos Mechanism parece um gajo famoso bem-apessoado do Instagram - https://www.instagram.com/lasselom/

Afinal não estava assim tão desinteressada...

P.S.2: Taparem-me o campo de visão com telemóveis é bastante irritante, por outro lado podem-se recordar momentos como este: (está perdoado quem fez o vídeo, até porque não estava à minha frente =))


E você? Usa bidé?

Um estudo feito pela Universidade de Cu de Judas demonstrou que muitas pessoas desconhecem a serventia do bidé. Como diria Ricardo Araújo Pereira numa das suas Mixórdias de Temáticas: “Rabo, escroto e pé. É o que eu lavo no bidé”.

Sinceramente nunca percebi (e até fico um pouco de pé atrás com) as pessoas que dizem “Ah eu quando tiver uma casa não vou ter bidé. Não serve para nada!”. Eu, a primeira coisa que me apoquenta quando tenho que passar vários dias noutro sítio (e desconheço o WC) é: “Tem bidé?”. Quando o WC não tem bidé começo logo a criar urticária. “Ah, mas eu tomo banho todos os dias. Para que é que serve o bidé?”. Senhores, e as cagadelas a meio do dia? Vão ficar com o rabo cagado até tomarem banho? E não me falem do papel higiénico. Ele limpa sim, mas não deixa imaculado. Ou usam toalhitas? Se for fora de casa ok (e tem mesmo de ser. Aqueles WC públicos com bidés… Nunca me apanham a usá-los. Ou então até devia, já que ninguém usa…), mas em casa e tendo um bidé? Uma pessoa sente-se completamente rejuvenescida e pronta para enfrentar… Pronto, já chega.

Já tive esta conversa com outras pessoas e aquando da pergunta “E as cagadelas a meio do dia?” obtive a seguinte resposta “Ai Cocozinha (era só para não colocar o meu nome. Ou então chamo-me mesmo assim. Nunca se sabe. Também há quem se chame Lyonce Viiktórya e Lyannii Viiktórya. Só agora é que reparei que elas têm o 2º nome igual.) que conversas!” complementada com um risinho nervoso.

Já nem falo em períodos… (os homens nunca vão ter a experiência de estar no banho, olhar para baixo e parecer que estamos a concluir a mítica cena do filme Psycho. Ou então que estamos de férias no Mar Vermelho (piada nada óbvia).) -> Parênteses dentro de parênteses. Acho que nem o Saramago usava.

Uma coisa gira é que até há tutoriais para se aprender a usar bidés -> http://pt.wikihow.com/Usar-um-Bid%C3%AA

Outra coisa gira é quando estás em WC alheios e queres tomar banho e ficas 500 anos para perceber como é que a torneira da banheira/poliban funciona.

Outra coisa ainda mais gira é quando a banheira/poliban tem um vidro totalmente transparente em vez de cortina e a porta do WC nunca fecha como deve ser comigo (assunto de extrema importância já abordado noutro post). E giríssimo é quando alagas o WC por AQUELA BOSTA NÃO TER UMA CORTINA DECENTE.

Adeus e obrigada por terem embarcado comigo nesta questão de extrema importância.

Quando um xixi nunca vem só

Ena, o Blogger ainda existe \o/ (quando isto ainda era no Blogger...)

Vou-vos confessar uma coisa (meu público inexistente).

Irrita-me profundamente o word ficar com o idioma em inglês, eu mudar para pt e ele caga para mim e volta a por inglês. Sim, eu preciso do corretor ortográfico porque um dos meus maiores medos nesta vida é o de dar erros ortográficos (colocar virgulas mal eu já me habituei a lidar com isso, caso se estejam a perguntar). Também tenho medo de haver qualquer hipótese de eu estar a cheirar mal e de morrer (por descobrir que posso estar a cheirar mal ou morrer por outro fator).

Mas não era isto que eu ia confessar.

O meu segredo é: “Evito dormir em casas alheias por ter vergonha de ir ao wc durante a noite”. Imaginem o filme de terror: estás no quarto da tua amiga com mais duas pessoas (no total três pessoas. Ena o curso de engenharia serviu para alguma coisa). Uma a dormir na cama e eu e a outra (AFINAL HAVIA OUTRAAA) em colchões no chão. Vai tudo para a cama. Tu começas logo a rezar “Santa Maria, Mãe de Deus, faz com que não tenha vontade de fazer xixi daqui a 5 segundos”. Adivinhem lá a continuação... Obrigada Santa Maria! Ou então a oração foi ter com o São Pedro. Tu ficas ali: “Vou já ao wc? Espera deixa-me habituar ao escuro para não bater em nada. Mas ainda é muito cedo. Não é normal ter que ir já. (Atenção, não é normal para os outros. Deviam fazer um remake do "The others" mas centrado nas idas ao wc) E se está alguém a deambular pela casa? Não oiço movimentos fora do quarto. Oiço autoclismos? Não! Ok! Deixa elas adormecerem. Se calhar até adormeço antes de ir. Não, tenho que ir mesmo…” Ponho os óculos. Tento-me lembrar com a maior exatidão do caminho para o wc e dos possíveis obstáculos que poderei enfrentar. Levanto-me. Tento não tropeçar em nada. Algumas apalpadelas no ar. Ele sentiu-se assediado. Abro a porta do quarto. Olho para cada lado do corredor. Está livre. Roger that. Encosto a porta do quarto (não fecho para conseguir depois entrar sem fazer tanto barulho). Acendo a luz do wc (para as pessoas que deixam a porta do wc fechada quando não está ninguém -> .|. É um susto desnecessário que se apanha ao pensar que está lá alguém). Entro e tento fechar a porta (normalmente as portas dos wc alheios nunca fecham como deve ser. Ou então sou eu que sou aselha). Fica encostada (-_-). Faço o xixi sempre a olhar para a porta com a desconfiança que apareça alguém. (Ah e claro que é sempre um xixi de amostra… Tanto enervamento para aquele aprendiz de xixi) Deito a água abaixo (é curioso que não me lembro de ter problema em fazer esse barulho. É melhor isso do que deixar lá a mijaceira). Lavo as mãos. Volto para o quarto. Fico a pensar se voltarei a ter que lá ir again. E PARABÉNS! Achievement unlocked “Pescadinha de rabo na boca”.

E cocó? Isso pode acontecer nem que não durmas na casa do amiguinho. Vais almoçar lá. “Queres um cafezinho?” “Sim, pode ser”. E pronto fodeu. Novo mandamento: “Não beberás café na casa do próximo”. E se entope? Nunca me aconteceu em casas do próximo. Não me lembro se em casas públicas já aconteceu. É provável. Mas para minha defesa, o entupimento normalmente não se deve ao calibre do barrote, mas sim da quantidade industrial de papel higiénico que meto para não haver splashs indesejados.

Bem, já chega de me difamar.

Beijinhos e abraços!

Ah e já agora por acaso sabe o que é Brix?

bladder coffee.png

P.S.: Xixi depois do café nunca tinha ouvido falar.