Quem tem boca pode não necessariamente parar em Roma

Então, vai ou não vai?

Era uma vez uma menina que estava à espera do seu transporte público marítimo quando uma mulher se aproxima e pergunta “Vous parlez français?” ao que a menina responde “Non”. A mulher fica uns 5 segundos a olhar para a menina sem saber se realmente ela sabe ou não francês para ajudá-la. Acaba por se ir embora. A menina nem se lembrou de lhe perguntar se ela sabia inglês. A menina sentiu vergonha própria (ainda por cima a menina tem uma vaga ideia que a senhora tinha um bebé ao pé. Ou então é o Sr. Sentimento de Culpa a torcer as memórias). 

A menina ficou com trauma de turistas. Tem mais medo de turistas do que de baratas. Vê um turista na rua e tenta logo não estabelecer contacto visual rezando para não pedirem direções. Quando esse pesadelo acontece, o nível de inglês baixa automaticamente para o A0. Parece coisa do diabo. E o diálogo parece tirado dos filmes do Mr. Bean: “Do you know how to get to Cu de Judas?” “Uh, well… It’s… It’s this way…” e aponta para não se sabe bem onde. O que vale é que normalmente os turistas fingem que percebem, vão nessa direção, mas para perguntar a outra pessoa.

E quando te perguntam (turista ou tuga mesmo) onde fica um sitio que tu estás fartinho de saber onde é e das duas três: ou te dá uma branca descumunal, ou indicas o caminho mais podre de que te poderias lembrar e depois da pessoa se ter ido embora é que te lembras “Ah porra, era só atravessar a rua e eu fui mandá-la dar a volta ao bilhar grande…”

E por falar em franceses, lembram-se daquela publicidade que dava na televisão do Brie Président (ou se calhar não era Brie mas sim outro tipo, não me lembro)? Eram uns turistas que estavam em Paris e o guia turístico leva-os a uma típica loja de queijos. E o que é que ele pede para mostrar os queijos típicos? Será um queijo mais para o artesanal? Não, pede um Brie Président que podes simplesmente comprar em qualquer supermercado de qualquer país! C'est genial!

(Vozinha vinda do além: “Será que não era esse mesmo o propósito da publicidade? Mostrar que o queijo deles é tão tradicional que pode ser mostrado a turistas como queijo típico E VOCÊ PODE COMPRÁ-LO EM QUALQUER LUGAR POR APENAS X EUROS?”, ao que eu respondo: “Shiu…”)


P.S.: Quando leram “E por falar em franceses” aposto que pensaram no mundial. E está a fazer trovoada ("a fazer"... quem? O São Pedro?).

Casamentex

Lembram-se do Simplex? (falo como se tivesse acabado…)

Imaginem uma medida para tornar os casamentos civis mais simples e baratos: casamentos no balcão do registo civil.

Fila de casais com a senha H (já não há senhas para os que chegaram agora. “Só amanhã. E as últimas senhas passam para a tarde”. Até parece que estou a ouvir as funcionárias. Que saudades das manhãs inteiras passadas nas finanças/segurança social para trazer uma folha de papel que custa os olhos da cara). Alguns estão vestidos de noivos (crianças que estão com os pais que têm outras senhas brincam com a barra do vestido das noivas) outros estão vestidos à civil (BAA-DUM-THHS) (offtopic: Quando era pequena pensava que os polícias à paisana andavam vestidos tipo mexicanos com um sombrero e tudo. Achava um pouco esquisito já que era suposto não darem nas vistas, mas a palavra “paisana” fazia-me lembrar mexicanos). E sim, há senhas, mas também há pessoas que gostam de fazer filas mesmo quando o atendimento é por senhas.

Existem vários monitores na sala que dão a informação do nº das senhas e de conselhos para uma boa vida a dois. E para ser mais realista existem vários monitores, mas só um é que funciona e é o que está no cu de Judas e tens de te levantar para ver em que senha vai (os outros dois é só para as pessoas se questionarem sobre o seu uso). Conversas mais ouvidas “Qual é a sua senha? Ah, a minha é a 666. Já cá estou desde madrugada… Blá, blá, blá” (nos centros de saúde é mais “Você está para a Dra. Coisa? Eu também. Você é de que hora? Ah, eu sou das 11:30”).

Chega a vez do nosso casal maravilha. Aproximam-se do balcão. A fila do lado é para os divórcios simplex. Divorcex. Parece nome de medicamento. Entregam a senha à funcionária que é colocada num cestinho (a senha, não a funcionária). Funcionária: “Nomes?”. “Somos a Cocozinha e o Xixizinho”. “Qual a modalidade pretendida: comunhão de adquiridos, comunhão geral, separação?”. “O que é meu é dela”. “Modalidade trouxa então”. “Desculpe?”. “Ahm? Assinem aqui como consta no cartão do cidadão” Marca com uma cruz a linha para os noivos assinarem. “Querem chuva de arroz quando saírem?”. “Sai mais caro?”. “Não”. “Então pode ser. Mas quem é nos vai atirar com o arroz? Os outros casais?”. “Não, são os meus colegas quando forem fazer a pausa para fumar. Não se preocupem que não demora muito. Eles costumam ir de meia em meia hora” “Ah, mas esperem lá. Acabou o arroz. A cozinheira teve de o usar para o almoço.”. A funcionário saca do cesto com as senhas e atira-as contra o casal tipo confettis. “Aqui têm! Parabéns aos pombinhos. Não se esqueçam que durante um ano após o casamento o divórcio fica a metade do preço. Adeus! Saudinha!”.

No final do “casamento” do casal que veio a seguir não houve confettis ao que eles reclamaram. Funcionária: “O cesto precisa de encher. Agora só daqui a 50 casais é que rende”.


P.S.: Os diálogos estão tão claros que até parece Saramago.

Quando um xixi nunca vem só

Ena, o Blogger ainda existe \o/ (quando isto ainda era no Blogger...)

Vou-vos confessar uma coisa (meu público inexistente).

Irrita-me profundamente o word ficar com o idioma em inglês, eu mudar para pt e ele caga para mim e volta a por inglês. Sim, eu preciso do corretor ortográfico porque um dos meus maiores medos nesta vida é o de dar erros ortográficos (colocar virgulas mal eu já me habituei a lidar com isso, caso se estejam a perguntar). Também tenho medo de haver qualquer hipótese de eu estar a cheirar mal e de morrer (por descobrir que posso estar a cheirar mal ou morrer por outro fator).

Mas não era isto que eu ia confessar.

O meu segredo é: “Evito dormir em casas alheias por ter vergonha de ir ao wc durante a noite”. Imaginem o filme de terror: estás no quarto da tua amiga com mais duas pessoas (no total três pessoas. Ena o curso de engenharia serviu para alguma coisa). Uma a dormir na cama e eu e a outra (AFINAL HAVIA OUTRAAA) em colchões no chão. Vai tudo para a cama. Tu começas logo a rezar “Santa Maria, Mãe de Deus, faz com que não tenha vontade de fazer xixi daqui a 5 segundos”. Adivinhem lá a continuação... Obrigada Santa Maria! Ou então a oração foi ter com o São Pedro. Tu ficas ali: “Vou já ao wc? Espera deixa-me habituar ao escuro para não bater em nada. Mas ainda é muito cedo. Não é normal ter que ir já. (Atenção, não é normal para os outros. Deviam fazer um remake do "The others" mas centrado nas idas ao wc) E se está alguém a deambular pela casa? Não oiço movimentos fora do quarto. Oiço autoclismos? Não! Ok! Deixa elas adormecerem. Se calhar até adormeço antes de ir. Não, tenho que ir mesmo…” Ponho os óculos. Tento-me lembrar com a maior exatidão do caminho para o wc e dos possíveis obstáculos que poderei enfrentar. Levanto-me. Tento não tropeçar em nada. Algumas apalpadelas no ar. Ele sentiu-se assediado. Abro a porta do quarto. Olho para cada lado do corredor. Está livre. Roger that. Encosto a porta do quarto (não fecho para conseguir depois entrar sem fazer tanto barulho). Acendo a luz do wc (para as pessoas que deixam a porta do wc fechada quando não está ninguém -> .|. É um susto desnecessário que se apanha ao pensar que está lá alguém). Entro e tento fechar a porta (normalmente as portas dos wc alheios nunca fecham como deve ser. Ou então sou eu que sou aselha). Fica encostada (-_-). Faço o xixi sempre a olhar para a porta com a desconfiança que apareça alguém. (Ah e claro que é sempre um xixi de amostra… Tanto enervamento para aquele aprendiz de xixi) Deito a água abaixo (é curioso que não me lembro de ter problema em fazer esse barulho. É melhor isso do que deixar lá a mijaceira). Lavo as mãos. Volto para o quarto. Fico a pensar se voltarei a ter que lá ir again. E PARABÉNS! Achievement unlocked “Pescadinha de rabo na boca”.

E cocó? Isso pode acontecer nem que não durmas na casa do amiguinho. Vais almoçar lá. “Queres um cafezinho?” “Sim, pode ser”. E pronto fodeu. Novo mandamento: “Não beberás café na casa do próximo”. E se entope? Nunca me aconteceu em casas do próximo. Não me lembro se em casas públicas já aconteceu. É provável. Mas para minha defesa, o entupimento normalmente não se deve ao calibre do barrote, mas sim da quantidade industrial de papel higiénico que meto para não haver splashs indesejados.

Bem, já chega de me difamar.

Beijinhos e abraços!

Ah e já agora por acaso sabe o que é Brix?

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P.S.: Xixi depois do café nunca tinha ouvido falar.

FELIZ NATAL (atrasado (ou então serve também para o dia de reis))

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Em vez de tentarem encontrar o panda desafio-vos a tentar adivinhar o que isto é. A minha mãe olhou e "Ah é uma pizza". Sinto-me uma artista incompreendida =(

(pelo título do post nem se desconfia o que será... xD)

Soluções (que deveriam estar viradas ao contrário):

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(esqueci-me de tirar o sublinhado dos "erros". Relevem sim? =) )

E pela forma do bolo nota-se que o padeiro já estava um pouco cansado ou simplesmente faz os bolos tortos (fez-me lembrar agora uns bolos que eu comia na terra da minha mãe. Eram mais da espécie dos pães de leite do que propriamente bolos. Bolos bolos eram os Viriatos, bem bons também...).

Mãos. O que fazer com elas?

*Retiro cuidadosamente o lençol empoeirado que encoberta o blog* (sim, cuidadosamente. Não vamos ser como o pessoal dos filmes e etc. que retira os lençóis que se encontram sobre os móveis já há 500 anos com uma bruteza absoluta. Ou como gajos que tiram, com um único puxão, a toalha da mesa com a loiça toda lá em cima. Uma pessoa alérgica ao pó morria logo sufocada. A não ser que se queira cometer um homicídio. Por falar nisso, ideia de sketch – um gajo a ser interrogado/torturado e não está a colaborar. “Ah não falas? Então toma lá”, põe um gato, flor (qualquer cena que o gajo seja alérgico) mesmo à frente do nariz. Devia abrir um daqueles sites de banco de imagens mas “banco de ideias de sketch”. Vou ao Shark Tank com essa ideia: “Tubarões (sim no Shark Tank tuga os candidatos referem-se assim aos possíveis investidores), quero o vosso cu e 5 cêntimos para ir para a frente com esta ideia”. Tubarão: “Vou fazer uma contra-proposta: Continuo a dar o meu cuzinho mas quero 5% em “royáltis””. (vejam um pouco do programa tuga e vão perceber essa dos “royáltis” - eu e a minha mania de querer que toda a gente perceba as minhas saídas. Acho que para mim humor subtil não dá xD))

Eu tenho um problema. Não sei o que faça com as minhas mãos. Não, não me foi diagnosticado cleptomania, apenas em certas situações não sei onde ponha as mãos e no fogo não há-de ser. Quando estou a falar com alguém, num concerto, numa apresentação ou até mesmo só quando estou a andar na rua não sei se mantenho as mãos ao lado do corpo, se ponho as mãos nos bolsos, se cruzo os braços… Talvez se não pensasse nisso não me fizesse confusão. Por exemplo, ontem fui ao dentista e lá então é que não sei mesmo o que fazer. Normalmente costumo-me por tipo cadáver no caixão (que é como algumas pessoas se devem sentir no dentista. Por acaso não é o meu caso): mãos com os dedos entrelaçados sobre a barriga. (agora que penso nisso talvez nos cadáveres seja mais só uma mão em cima da outra e não com dedos entrelaçados. Iria dar um certo trabalho ao gajo que prepara os corpos. Por falar nisso, esses gajos devem sofrer um bocado quando lhes perguntam o que é que eles fazem da vida. Para já é um bocado creepy, lembra-me logo os psicopatas que matam as vítimas e põem-nas todas pipis só porque para eles é giro (talvez tenha visto séries tipo CSI durante muito tempo da minha vida). Isso faz-me pensar que essas pessoas deviam ser como que uns stylists mas dos mortos, tipo esquadrão G (e é G mesmo de gay – “Cinco fantásticos homens gays que têm uma missão difícil: melhorar o dia a dia de homens heterossexuais que vivem sem quaisquer cuidados com a sua aparência, a casa ou a sua vida social.”) mas com M. Imagino um gajos desses com uma pessoa que tenha perdido alguém: “Olhe tenho aqui um fato que realça a cor dos olhos do falecido”, *Plano de câmara para o morto que obviamente se encontra de olhos fechados*, “Bem se calhar não. Ah já sei, um anjinho disse-me durante o sono que a tendência no paraíso são estes casacos de pele genuína” ao que responde o ente do falecido “Ele batia na mulher”, “Ah, melhor ainda. Eu assisti por sonho, convidada pelo próprio belzebu, ao último desfile Outono/Inverno do inferno. Nunca percebi o porquê das distinções de estações do ano visto estar lá sempre um calor dos “diabos”. Hahahahah eu tenho tanta piada”, o ente do falecido fica com cara de cu seja lá que tipo de cara seja essa. O stylist continua: “Desfilaram coletes suicidas, colarinhos brancos….”, “Deixe estar, ele sempre disse que queria levar vestido para a cova o fato que levou para o casamento. Realmente é mal-empregado só se usar uma vez”.

(o negrito nos parênteses foi propositado. Para ninguém se perder xD)

Digam-me, como é que vocês se põem na cadeira do dentista? Ou nem sequer pensam nisso? 

Uma nota sobre estes atentados terroristas: porque raio pessoal de toda a parte do mundo se torna jihadista? Qualquer dia esses gajos inventam um programa de TV tipo Ídolos mas para encontrar o jihadista perfeito. Em vez de ser “So you think you can dance” é talvez “So you think you can explode”. Coreógrafo com sotaque à Marco de Camillis: "Fiz uma coreografia linda tendo como fundo um lugar público atulhado de gente e com um final explosivo”, e pisca o olho. A performance dá-se. No final todos aplaudem e um dos integrantes do júri com bocados do candidato sobre a mesa dá a sua opinião “Eu se tivesse no teu lugar não tinha coragem (o júri do The voice gostam muito de dizer isto). Foi lindo, de cortar a respiração (literalmente)”. O único senão deste programa seria o facto de ninguém chegar à final. 

Se ficaram ofendidos com o último parágrafo lembrem-se que sem sentido de humor é tudo muito mais difícil.

Ainda não sei se volto a colocar o lençol no blog. Mas de qualquer forma saudinha para vocês todos!